14.3.06

Como criar filhos delinquentes (?)

A propósito do Post de baixo, aqui vos deixo, uma verdadeira “pérola”! Especialmente para quem é pai/mãe, ou que pensa sê-lo algum dia!

10 Regras Para Criar Filhos Delinquentes - Adaptação de um panfleto da Polícia de Houston, Texas, distribuído há alguns anos a todos os habitantes da cidade.

1ª. Comecem cedo a dar ao vosso filho tudo o que ele quer. Assim ele convencer-se-á, quando crescer, de que o mundo tem obrigação de satisfazer todos os seus caprichos.

2ª. Se, enquanto pequeno, o vosso filho utilizar expressões grosseiras, achem-lhe graça. Isso fará com que ele se convença de que é espirituoso e levá-lo-á a refinar a sua linguagem ordinária.

3ª. Não lhe dêem educação religiosa nem lhe inculquem princípios morais. Esperem pela sua maioridade para que, feitos os 18 anos, seja ele a fazer pessoalmente a sua escolha.

4ª. Evitem recriminá-lo, para que ele não crie um complexo de culpa. Estes complexos, como toda a gente sabe, não deixam que as crianças desenvolvam a sua personalidade.

5ª. Façam sempre tudo aquilo que devia ser o vosso filho a fazer. Arrumem as suas coisas e apanhem o que ele deitar para o chão. Desta maneira se habituará a empurrar para os outros as suas responsabilidades.

6ª. Deixem que o vosso filho leia tudo o que lhe vá parar às mãos. Tenham o maior cuidado em esterilizar os talheres, os pratos e os copos, mas deixem que o seu espírito se alimente de imundices.

7ª. Discutam e zanguem-se em frente dele. Isso é muito útil para que ele se convença de que a família é uma instituição nociva e de que não deve qualquer respeito aos seus pais.

8ª. Dêem-lhe todo o dinheiro que ele quiser. Evitem que ele o ganhe com o seu trabalho ou através do seu comportamento. Tem tempo. Deixem-no ser feliz enquanto é jovem.

9ª. Satisfaçam todas as suas exigências ou caprichos, no que se refere a alimentação, vestuário e conforto, a fim de que o vosso filho não possa nunca sentir-se frustrado. As frustrações, como se sabe, não permitem que a personalidade se revele e torna as pessoas mais infelizes.

10ª. Defendam sempre o vosso filho! Dos seus amigos, dos vizinhos, dos professores e até principalmente - da polícia. É tudo gente desprezível que apenas pretende embirrar com ele...

12 Comments:

Blogger poca said...

algumas destas... os pais de hoje já fazem!!! nomeadamente a de comprar tudo o que os filhos querem, mesmo que não mereçam...
não para não traumatizar o menino, mas por uma questão de afirmação dos próprios pais...

quarta-feira, março 15, 2006 10:50:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Excelente este post, River!
É mais um daqueles que "dá pano para mangas"...
Devido á minha experiência profissional e actual função,lido com muitos jovens...
É fundamental perceber, que a juventude é o tempo dos maiores paradoxos e contradições e é preciso, para exercer alguma pedagogia ou educação, perceber esses paradigmas!

1- O jovem ao mesmo tempo que procura a individualidade e afirmação,
não consegue evitar em fundir-se em grupos e idolatrar sistematicamente, ídolos que a sua juve-sociedade lhes impõe.

2- Ao mesmo tempo que reinvidicaliza a indepêndencia,são totalmente dependentes dos pais,chegando a sentir como obrigação o facto de os pais terem que lhes dar tudo,
ameaçando, por vezes, com chantagens em relação á própria vida e ao próprio futuro.

3- Tendem a definir a sua sexualidade, mas têm uma visão muito insegura em relação a ela, e como não pedem ajuda, tornam-se grandiosos vivendo no mundo de fantasias e mentiras.

Entre outras, tudo isto é agravado, quando atrás de si, não existe a instituição mais nobre de todos os tempos: a família.
Pior ainda, é quando essa família não tem tempo para eles,e aí tornam-se auto-suficientes e as suas vozes de referência, são outros como eles, desamparados, rebeldes como meio de sobrevivência, e logicamente agressivos e revoltados.
Não digo, e seria utopia minha,que a única responsabilidade é da família, pois isso seria extremamente redutor, digo sim, que é preciso ter tempo para eles.

Por fim, vou dar um exemplo:

No Verão de 2005, monitorizei um campo de férias, com jovens "problemáticos", duma dessas instituições de que tanto se fala.
Investi tempo, carinho, compreensão e paciência com todos eles.
Quando acabou, o campo de férias, começaram a despedir~se uns dos outros,reparei então, que encostado a uma parede, estava um jovem prostrado, com um enorme semblante de tristeza.
Aproximei-me e disse:
-Então, porque não te despedes dos amigos que fizeste, e dos monitores?
E ele respondeu-me, com lágrimas nos olhos:
-Porque estou farto de despedidas na minha vida!
Até eu fiquei triste, mas tive que me conter e dizer-lhe:
- Acabaram-se as despedidas, agora são "até jás",pois para o ano estarás aqui de novo.
Agarrou-se a mim, e eu senti aquele abraço, como um, obrigado por existires!!

O facto, é que, são tempos díficeis para nós adultos, quanto mais para jovens, muitos deles, completamente desamparados.

Soluções, não tenho,mas juntos de certo que as encontraremos.

Bjs,

The Rocker

quarta-feira, março 15, 2006 12:33:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Esqueci-me de dizer e para completar, que existe algo, que na família, resume esse post,chama-se AMOR FIRME.

Bjs,

The Rocker

quarta-feira, março 15, 2006 12:40:00 da tarde  
Blogger mixtu said...

muito interessante e como "publicidade" está fenomenal, pois as mensagens que devem ser lidas ao "contrário" são as que resultam...
Mas amiga, educar é dificil e nunca sabemos se estamos a educar bem...
jinhos, excelente post

quarta-feira, março 15, 2006 1:32:00 da tarde  
Blogger sónia said...

Espera-se que tenha sido eficaz!

quarta-feira, março 15, 2006 1:37:00 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

Educar (em família)!
Tarefa complicada, menina.
Há-de haver algures um equilíbrio saudável entre o sim e onão, o dar e negar, o permitir ou proibir.
E tal tem de ser achado não como padrão ou paradigma, como na escola, por força da massificação, mas caso a caso.
Cada criança/adolescente ´´e diferente da outra, mesmo no mesmo contexto...
Será o bom-senso a receita?
Sei lá...
Beijos.

quarta-feira, março 15, 2006 2:49:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

The Rocker conseguiu com a sua experiência fazer-me chegar as lágrimas aos olhos, mas a realidade é que cada vez mais jovens têm problemas ou porque têm tudo ou porque nâo têm nada e querem ter igual aos outros, não é fácil para quem lida com eles.
Felicidades e bom trabalho.

quarta-feira, março 15, 2006 3:57:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Educação é aquilo que vou agradecer eternamente aos meus pais, principalemte á minha mãe que esteve atenta 24 horas aos meus passos. Agradeço que tenham partilhado comigo o bom e o mau dentro de nossa casa sem esconder dificuldades, agradeço que me tenham repreendido qd foi preciso que me tenham desculpado qd errei e que me obrigaram a asssumir os meus erros e sofrer as suas consequências. Mas aquilo que irei sempre agradecer será o Amor que tive de retribuir. Mas principalmente a grande lição para uma vida será sempre o respeito pelo proximo é ai que encontras os teus principios e isso sim ensinam-te enquanto és criança pq acredito piamente que educação é-nos dada na infancia não na adolescência.A adolescência é o culminar da estrutura que te é incutida enquanto criança inocente que apreendes as palavras de quem te educa. Esta é a opinião de quem foi educado mas ainda não educou. Smile

quarta-feira, março 15, 2006 4:39:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado Nicas,
tudo de bom para ti!!!

bjs,

The Rocker

quarta-feira, março 15, 2006 4:44:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

nao à éducaçao perfeita, noz os pais fazemos todos erros e temos de aprender tb com nossos filhos.

quarta-feira, março 15, 2006 6:58:00 da tarde  
Blogger River said...

Meus Caros, AMEI os v/ comentários :)
Aliás dão seguramente origem a outro post...
Para já, Poca: Não fácil ser pa/mãe... e sim admito que muitas vezes a afirmação desse papel ñ será feita ada melhor forma...

Navegante, julgo que a questão da religião aqui, é mais como uma forma de transmissão d eprincipios de respeito e solidariedade com o próximo...

Rocker, sublinho td o que dizes. E essa história... sei bem o que é... Faz lembrar-me alguns miudos que estão em centros de acolhimento, e cujas mães ou pais nem querem saber que eles existem, e no entanto eles fantasiam com sua chegada ao Centro, acho memso que acreditam nisso... mesmo que nunca venha a acontecer...
Essa do "Amor firme" é certa, mas pô-lo em prática não é fácil... Nada mesmo!

Como diz Mitxu, Naoseiquenomeusar, e o/a anónimo/a: Educar não é fácil! Não há receitas perfeitas... é uma constante aprendizagem para pais e filhos!

Agora tu Smile: sabes o que penso em relação ao que escreveste... Apenas volto a dizer, o que já te disse: "Infelizmente não tenho mãe, mas se tivesse gostava que ela fosse como a tua!"

beijinhos a todos... e este assunto vai voltar, pois claro! :)

quinta-feira, março 16, 2006 9:19:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

That's a great story. Waiting for more. » »

sábado, março 03, 2007 8:56:00 da manhã  

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