Quando voltar a esta margem estarei "como nova"!
Desde ontem que estou tristonha, e isso reflecte-se na falta de disponibilidade mental (além da física), para vos escrever…
“Perdoem-me”, mas isto passa! Nada que um fim-de-semana no campo não cure!
Não se livram de mim assim com tanta facilidade!!! ;)
Ontem dia 5 de Janeiro, se a minha querida Avó Rosário não tivesse partido há 2 anos, faria 93 anos… E se o primeiro ano foi indescritível, a partir de determinada altura tentei lembrar-me sempre das palavras de Miguel Sousa Tavares quando perdeu a mãe:
"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e os dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Mas é duro! Afinal ela foi avó com tudo o que essas criaturas têm de melhor, e foi Mãe! Muitas vezes pai, e até irmã mais velha (porque sou, infelizmente, filha única!)… Como conseguimos sobreviver à perda de um ser destes?!?!!!
Sei que com ela partiu uma parte de mim... mas ficou muita força pra lutar e fazer com que ela se orgulhe da neta que criou! Porque uma coisa é certa, muito dela reside em mim pra sempre!
Acreditem, que das coisas que mais me tranquiliza é saber que ela foi finalmente para junto dos seres que mais amou (além de mim, e das bisnetas), os filhos!
Portanto só “pode estar feliz”, esteja onde estiver!
Olha, está ali!!! Pois é, aquela estrela mais brilhante que vejo no céu!... E que olha por mim!
Obrigada doce Micá pelas tuas palavras, com amigos assim fica mais fácil:
"Onde quer que ela esteja, a tua avó sente de certeza um orgulho imenso em ti!
Tão grande quanto o amor que sentes por ela!
Sobretudo porque te ajudou a teres esse coração imenso, onde todos cabemos.
Quando estiveres mais tristinha, lembra-te que a melhor homenagem que lhe fazes é seres feliz.
Gosto muito de ti!"
E eu de ti!
4 Comments:
River:
por muito que doa, sabemos que quem nasce tem como destino último a morte. É doloroso e cada vez mais se vê quase como um anacronismo. Mas não me parece que seja, de todo. A menos que se encontre o elixir isso acontecerá sempre. ... E não será preferível, a vermos ao nosso lado, as pessoas de quem gostamos, debilitadas, em sofrimento, impotentes para lutarem contra as mazelas do tempo?
Parece-me que pode também ser uma boa forma de altruísmo, aceitar que partiram e que estão melhor assim, sabendo sempre que gostamos muito delas.
E eu também gosto de ti, criadora da River!
Um beijo.
Caminhemos sempre com os nossos mortos. Eles ainda têm lições para nos dar. Bjinhe forte.
Vejo que são mulheres de fé de de força aqui as minhas amigas... pois só tenho a dizer que vos admiro muito!
Queridas "companheiras de luta bloguista" ;)
Tal como diz a naoseiquenomeusar, devemos concerteza deix-los partir qdo chega a hora... sem dúvida! Mas os er humano é por natureza egoísta e e u ñ fujo à regra (embora lute c/ todas as minhas forças...), e como tal, queremo-los sp junto de nós, aqueles que mais amamos...
Beijinhos pra todas, com ADMIRAÇÃO e reconhecimento:)
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