
Ora bem, vamos a isto!... Têm que ser agora, que ainda está tudo fresquinho na minha memória!... “Relatar” o concerto de Alcione que terminou à pouco no Coliseu de Lisboa, não é tarefa fácil, até porque além de muitos detalhes impossíveis de transcrever, há o factor emocional que neste caso concreto é demasiado “pesado”, para me dar qualquer capacidade de isenção numa suposta “critica” ;)
È que muitas vezes a fasquia das nossas expectativas está tão em cima, que depois saímos decepcionados dos espectáculos… Não foi o caso, hoje Alcione superou em tudo!!!
A “Marron” (como carinhosamente a tratam no Brasil), já veio cá várias vezes, mas sempre aos Casinos, ou seja para um público elitista e restrito… Ela falou exactamente nisso, ao dizer:
“Eu sabia, que um dia cantaria nesta Sala maravilhosa… para a minha gente de Portugal…. E aqui estou eu!”
Depois, posso dizer-vos que Alcione têm um sentido de humor fora de série… Percebe-se que é uma Mulher muito vivida… e com muita humildade!
Daquele “vozeirão” saiu uma homenagem à sua escola de Samba a “Mangueira”, onde amanhã disse estar a desfilar!
A fadista Mariza que estava a assistir ao concerto foi convidada a cantar e as duas presentearam-nos com um samba e um fado em dueto! Fantástico! Depois disse que também cresceu a ouvi-la e admirá-la, e que tem discos de vinil seus… identifiquei-me e pronto! :)
Em determinada altura, Alcione chama um menino que estava na 1ª fila (terá uns 5 anos), e ele sobe ao palco e canta as músicas dela na perfeição… uma delicia! Com toda a certeza, os pais são tão fans quanto eu! (dêem-lhe uns aninhos… as minhas também ouviam e cantavam! Agora, na adolescência só ouvem o que os outros ouvem, é normal, é assim…)
Houve ainda música dedicada exclusivamente a Herman José, que como seu grande fan também lá estava! Aliás, “vip’s” eram aos molhos! Músicos, actores, políticos, futebolistas… e Euzinha, ora bem! :)
Homenagem frequente ao povo angolano que a adora, e de onde ela veio agora. E focou a questão dos brasileiros serem exactamente essa mistura explosiva, de portugueses com africanos e os índios da Amazónia!
E mais não digo, porque isto já está demasiado grande, se eu ainda falar em todas as músicas, de que eu sempre sabia as letras, de quando tocou trompete, do samba que dancei, etc… etc… Não saio daqui hoje…
Obrigado Marron! Volta logo!... “Te amo!”